sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Recomendação da semana: Black Sabbath – Sabotage


Black Sabbath – Sabotage [1975]
(Por Gabriel Ferreira)
É extremamente comum que algumas bandas atualmente consideradas clássicas tenham sido incompreendidas ou simplesmente ignoradas por muitas pessoas no início de sua carreira, conquistando a fama e o reconhecimento apenas anos depois de sua formação. E com o Black Sabbath não foi diferente.
Quando a banda foi fundada, o mundo da música vivia um momento de transição por conta da criação das raízes para o que viria a ser o Heavy Metal. Bandas como o Blue Cheer foram um dos grandes responsáveis por isso, ainda no final dos anos 60. Aos poucos, então, vários grupos praticantes de sons mais pesados foram surgindo, causando uma espécie de revolução na música do mundo inteiro.
O Led Zeppelin e o Deep Purple são dois dos nomes mais frequentes quando se fala nesse gênero musical. A primeira banda carregou uma fortíssima influência blueseira (principalmente em seu primeiro disco), enquanto o Deep Purple tinha toques da Música Erudita. E é aí que entra o Black Sabbath, que também era influenciado pelo Blues, mas partiu para caminhos mais pesados.
O primeiro registro dos ingleses oriundos de Birmingham é considerado pela grande maioria como o marco zero do Metal. Foi a partir do disco de 1970 que o estilo tomou sua forma definitiva e, então, deu margem a muitas variações. O disco foi um grande sucesso, e fez com que eles conquistassem um massivo público adolescente, enquanto o resto da população não compreendia absolutamente nada.
A banda manteve-se bem-sucedida com o segundo e também clássico álbum “Paranoid” (1970). Foi a partir de “Vol. 4” (1972) que o Sabbath modificou um pouco a estrutura de sua música, adicionando coisas inspiradas pelo Rock Progressivo. E é então que chegamos à “Sabotage”, o sexto registro.
Esse disco foi o auge da experimentação realizada por eles, e talvez por isso não se saiu tão bem quanto as obras anteriores, apesar de ter obtido um desempenho satisfatório nas paradas. Mas isso acaba sendo um mero detalhe quando damos play nessa verdadeira obra-prima da música pesada.
“Hole In The Sky” parece ter sido feita para ensurdecer o ouvinte. O que Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward realizam nessa faixa não é brincadeira. “Don’t Start (Too Late)” pisa no freio e introduz a igualmente destruidora “Symptom Of The Universe” (considerada o primeiro Thrash Metal). Dois grandes destaques.
“Megalomania” é mais trabalhada e melodiosa que as anteriores, mas ainda carrega a atmosfera angustiante que é clássica da fase do grupo com o Madman. A maior composição do álbum (quase alcança os dez minutos de duração), é uma prova da versatilidade de cada membro.
Agora temos as três canções mais diferentes do registro, por assim dizer: “The Thrill Of It All”, que tem a cara dos hardões setentistas; “Supertzar”, um canto gregoriano (!); e “Am I Going Insane (Radio)”. Mas se engana quem pensa que isso é um ponto negativo, pois são todas boas composições. “The Writ” encerra com cadência e peso, uma música dignamente sabbatheana.
Depois de “Sabotage”, viriam o mediano “Technical Ecstasy” e o injustiçado “Never Say Die!”. Então, o vício em álcool e drogas de Ozzy se agravaria, transformando a sua permanência na banda insustentável e dando lugar para o grande Ronnie James Dio. No mais, um belíssimo disco que capta muito bem o auge dessa clássica formação.
Ozzy Osbourne (vocal)
Geezer Butler (baixo)
Tony Iommi (guitarra)
Bill Ward (bateria)
Músicos adicionais:
Gerald “Jezz” Woodruffe (teclados, piano)
Will Malone (arranjos vocais em 6)
English Chamber Choir (coro em 6)
01. Hole In The Sky
02. Don’t Start (Too Late)
03. Symptom Of The Universe
04. Megalomania
05. The Thrill Of It All
06. Supertzar
07. Am I Going Insane (Radio)
08. The Writ

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