domingo, 19 de agosto de 2012

Recomendação da semana: Pantera – Reinventing The Steel


Pantera – “Reinventing The Steel” [2000]
(Por Gabriel Ferreira)
Pantera começou a década de 2000 já como uma entidade da música pesada e com um legado que pode ser até mesmo recente, mas que foi e continua sendo de extrema importância para o cenário metálico mundial. E quando tudo parecia estar indo muito bem para os texanos, os problemas entre cada membro se tornaram insustentáveis.
Seu último registro datava de 1996 (o furioso “The Great Southern Trendkill”) e os fãs já cobravam material novo. Tudo isso em meio a uma tensão que se agravava por conta dos excessos cometidos pelo vocalista Phil Anselmo (não era raro ele se apresentar completamente bêbado). Mas, de algum modo, esses problemas de convivência fizeram com que um equilíbrio, ao menos sonoro, fosse encontrado.
“Reinventing The Steel” é exatamente isso: um álbum equilibrado, ora pendendo para o Groove de “Cowboys From Hell” e “Vulgar Display of Power”, ora indo para os caminhos mais pesados de “Far Beyond Driven” e “The Great Southern Trendkill”. Essa mistura de influências se transformou em mais um dos grandes momentos doPantera, onde todos os instrumentistas se destacam de alguma maneira.
“Hellbound” começa a toda velocidade. Em seguida, “Goddamn Electric” carrega uma característica comum em algumas partes do trabalho: letras autobiográficas. A faixa conta com a participação de Kerry King, num solo gravado no backstage do Ozzfest de 1999. O Slayer, aliás, é mencionado na letra da música, juntamente com o Black Sabbath, soando como uma homenagem aos ídolos dos caras.
“Yesterday Don’t Mean Shit” pisa novamente no acelerador e contém um refrão que pode ser levado como filosofia de vida (risos). “You’ve Got To Belong To It” é dedicada aos fãs, enquanto a clássica “Revolution Is My Name” volta ao conteúdo autobiográfico e merece destaque por ter um videoclipe fantástico.
“Death Rattle” se assemelha à abertura por ser direta e reta. “We’ll Grind That Axe For A Long Time” abre alas para a trinca final, da qual fazem parte “Uplift” e seu ótimo riff, “It Makes Them Disappear” e as variações rítmicas, e “I’ll Cast A Shadow” com o ótimo desempenho de Anselmo.
Como foi dito no início deste texto, os problemas se tornaram insustentáveis e, consequentemente, levaram ao fim de uma das melhores bandas dos últimos tempos. Anos depois, o eterno Darrell “Dimebag” Lance Abbott foi assassinado, acabando com uma carreira brilhante e a possibilidade de qualquer reunião com a formação clássica. Realmente uma pena, pois “Reinventing The Steel” só atesta ainda mais que eles estavam em seu auge criativo.
Phil Anselmo (vocal)
Dimebag Darrell (guitarra)
Rex Brown (baixo)
Vinnie Paul (bateria)
Músico adicional:
Kerry King (solo final em 2)
01. Hellbound
02. Goddamn Electric
03. Yesterday Don’t Mean Shit
04. You’ve Got To Belong To It
05. Revolution Is My Name
06. Death Rattle
07. We’ll Grind That Axe For A Long Time
08. Uplift
09. It Makes Them Disappear
10. I’ll Cast A Shadow

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